Vale a pena sair da CLT para ser PJ na área de TI? Essa é uma dúvida comum entre programadores e outros profissionais da área, que estão em busca de mais qualidade de vida e remunerações mais atrativas.
Sabendo disso, o time da Blue+ Contabilidade, sua assessoria contábil especializada em profissionais de TI, decidiu preparar um conteúdo completo sobre o assunto.
Para saber mais e conferir o que a nossa equipe separou para você, continue conosco e acompanhe esse artigo até o final.
Vale a pena sair da CLT para ser PJ?
Nada melhor do que começar esse conteúdo com um quadro comparativo que destaca as principais características do trabalho como PJ e como CLT.
Ao observar o comparativo abaixo, você vai concluir que a escolha entre as opções, tem relação direta com o estilo do profissional, seus objetivos de carreira e pessoais.
Na prática, o modelo PJ costuma ser a melhor opção em termos de remuneração e flexibilidade, sendo o caminho ideal para pessoas que buscam:
- Mais qualidade de vida;
- Rendimentos maiores;
- Flexibilidade de horários e autonomia.
No entanto, em contrapartida, os profissionais que escolhem esse caminho, precisam estar dispostos a:
- Ter menor segurança;
- Abrir mão de alguns benefícios da CLT;
- Se manter sempre em busca de novos clientes e projetos.
Por outro lado, o regime CLT é a alternativa mais indicada para pessoas que preferem a aparente estabilidade que esse modelo de contratação oferece. Dentre os benefícios do modelo CLT, podemos destacar:
- FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço;
- Férias Remuneradas;
- 13º Salário;
- Indenização na demissão sem justa causa e seguro desemprego.
No entanto, quem não abre mão dos benefícios acima, precisa aceitar conviver com:
- Menor autonomia para tomar decisões;
- Hierarquia e horários de trabalho rígidos;
- Rendimentos mensais limitados.
Vale a pena sair da CLT para ser PJ na área de TI: quadro comparativo
Ainda está na dúvida? Então analise o comparativo completo da tabela abaixo, para decidir se vale a pena sair da CLT para ser PJ na área de TI.
Pessoa Jurídica (PJ) | Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) | |
Remuneração | Pode ser mais elevada, com possibilidade de negociar valores e projetos específicos. | Geralmente, salário fixo mensal com benefícios adicionais. |
Estabilidade | Menor estabilidade no emprego, dependendo da demanda de projetos e clientes. | Maior estabilidade no emprego, com proteção contra demissões injustificadas. |
Benefícios | Não possui benefícios trabalhistas garantidos, como férias remuneradas e décimo terceiro salário. | Benefícios garantidos, como férias remuneradas, décimo terceiro salário e FGTS. |
Carga horária | Maior flexibilidade na definição da carga horária e possibilidade de conciliar múltiplos projetos. | Carga horária definida pelo contrato de trabalho e limite de horas extras. |
Autonomia | Maior autonomia nas decisões profissionais e possibilidade de escolher os projetos e clientes. | Menor autonomia, com maior dependência das diretrizes da empresa contratante. |
Desenvolvimento | Possibilidade de maior desenvolvimento profissional por meio da diversidade de projetos e aprendizado constante. | Oportunidades limitadas de desenvolvimento profissional dentro da empresa contratante. |
Impostos e obrigações | Responsabilidade de pagar impostos, contribuições e cumprir obrigações fiscais e contábeis como pessoa jurídica. | Impostos e obrigações são descontados automaticamente do salário pelo empregador. |
Proteção trabalhista | Proteção trabalhista limitada, com menor acesso a benefícios sociais e direitos trabalhistas. | Proteção trabalhista garantida, incluindo benefícios sociais e direitos trabalhistas. |
Após esse panorama e comparativo completo sobre o tema, não poderíamos deixar de destacar que com base na nossa visão e experiência, entendemos que a carreira PJ é atualmente a melhor opção para profissionais de TI.
Por mais que na modalidade CLT exista certa proteção, no regime PJ o profissional tem mais oportunidades de crescimento, uma rotina mais flexível, e no geral, rendimentos mensais maiores.
Além disso, como PJ, você pode economizar no pagamento de impostos, e com isso, maximizar seus rendimentos líquidos.
Vale a pena sair da CLT para ser PJ na área de TI: impostos
Quando a dúvida é se vale a pena sair da CLT para ser PJ na área de TI, muitos acreditam que ao abrir um CNPJ, vão precisar pagar mais impostos, quando na maioria dos casos, o que costuma acontecer é o contrário.
Na prática, isso acontece, pois de acordo com a legislação em vigor, quem trabalha como pessoa física, precisa contribuir mensalmente para o Imposto de Renda, cuja alíquota pode chegar rapidamente a 27,50% sobre os rendimentos.
Veja a tabela:
Base de cálculo | Alíquota | Parcela a deduzir |
Até 2.259.00 | Isento | Isento |
De 2.259,01 até 2.826,65 | 7,50% | R$ 169,44 |
De 2.826,66 até 3.751,05 | 15% | R$ 381,44 |
De 3.751,06 até 4.664,68 | 22,50% | R$ 662,66 |
Acima de 4.664,68 | 27,50% | R$ 896,00 |
Por outro lado, aqueles que decidem sair da CLT para ser PJ na área de TI, podem recolher seus impostos no anexo III do Simples Nacional, cuja alíquota pode ser de apenas 6% sobre o faturamento mensal.
Veja a tabela:
Faixa | Receita em 12 meses | Alíquota | Valor a deduzir |
1ª | Até 180.000,00 | 6,00% | — |
2ª | De 180.000,01 a 360.000,00 | 11,20% | R$ 9.360,00 |
3ª | De 360.000,01 a 720.000,00 | 13,20% | R$ 17.640,00 |
4ª | De 720.000,01 a 1.800.000,00 | 16,00% | R$ 35.640,00 |
5ª | De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 | 21,00% | R$ 125.640,00 |
6ª | De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 | 33,00% | R$ 648.000,00 |
Somando a economia de impostos com os demais benefícios citados ao longo deste artigo, fica fácil entender o que tem levado tantos profissionais a entender que vale a pena sair da CLT para ser PJ na área de TI, não é mesmo?
Como abrir CNPJ para ser PJ na área de TI?
Abrir um CNPJ para ser PJ na área de TI é muito simples. Para isso, tudo o que você precisa fazer é seguir as orientações do passo a passo abaixo:
1.Contrate um escritório de contabilidade: O primeiro passo para abrir um CNPJ, é contratar os serviços de um escritório de contabilidade, preferencialmente, que seja especializado na área de TI, como a Blue+.
2.Separe os documentos necessários: Na sequência, você vai precisar separar os documentos necessários para abertura do seu CNPJ, incluindo RG, CPF e comprovante de residência.
3.Aguarde a abertura do seu CNPJ: Por fim, basta aguardar alguns dias, enquanto a contabilidade cuida dos trâmites para abertura do seu CNPJ, o que inclui:
- Registro na Junta Comercial;
- Emissão do CNPJ;
- Emissão da Inscrição Municipal;
- Liberação do Alvará de Localização e Funcionamento.
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